Antes de seguir em frente, leia aqui a parte 1 e a parte 2 Minha licença médica começou em setembro/22, onde finalmente eu tinha um tempo para descansar. Mas quem disse que consegui desligar minha mente com facilidade? Sempre tive muita dificuldade de desligar do trabalho, mas dessa vez parecia impossível. Por que para a mente neurodivergente, a mudança de rotina é uma tortura e precisa ser feita com muita paciência. Meu diagnóstico de TDAH veio durante a licença, logo no final de setembro, e me ajudou a entender umas paradas, mas gente, sério: era tanta coisa pra lidar que eu tinha a sensação diária que eu ia explodir. (tá nos planos fazer um post para falar mais de TDAH, tá?) Além da mudança em si, a sensação de fracasso sussurrava em meus ouvidos 24/7. Aquela vozinha maldita ficava me dizendo que eu era fraca, que eu devia estar produzindo, que eu "tinha que" um monte de coisa. Gastei boa parte da minha licença numa luta intensa com essa voz para fazer ela calar a boca d
Antes de seguir em frente, leia a parte 1 ! Fui consegui perceber que estava doente apenas em Agosto/Setembro de 2022, 1 ano e 2 meses após o início do luto. Foi apenas nesse momento que consegui me olhar de verdade. Percebi o estado que meu carro mental tinha ficado depois de ter dirigido em alta velocidade na estrada esburacada do luto. Foi nesse momento que consegui parar o carro, descer e ver o estado lamentável que eu me encontrava. Foi nesse momento que consegui perceber o tanto de coisa que atropelei, passei por cima, deixei pra olhar depois - e essas coisas me compõem, sabe? Como eu pude me deixar chegar nesse estado? Fiquei triste, indignada, e com muita raiva de mim. E não pense que meu corpo não estava dando sinais pq ele tava dando todos os sinais possíveis - eu que estava incapaz de perceber! Além das crises de ansiedade, que eu já convivo desde 2015, veio a depressão, as crises suicidas, a restrição alimentar, os pesadelos como sintomas de estresse pós traumático. Veio