Poucas demonstrações de afeto me afetam tanto quanto as que o meu pai faz pra mim.
Ele é responsável por lagrimas de emoção totalmente aleatórias ao longo da semana.
Agora mesmo, que sentei aqui ao computador, para tentar voltar a escrever, vi que ele deixou um recadinho no meu blog ano passado - e no mesmo instante já fiz aquela cara de choro emocionado.
Gente, eu nem sabia que meu pai lê as coisas que eu escrevo! rsrs (pai se você estiver lendo isso, obrigada por todo o apoio. Saber que alguém lê meu blog ja me deixa muito feliz.
Li agora também a mensagem que ele me escreveu no meu aniversário de 30 anos, em janeiro deste ano. Chorei de novo por que sou dessas.
Pensei em divulgar e printar aqui as mensagens que ele me mandou, mas quero manter as coisas mais pra mim. Nem tudo precisa ser exposto. Essas mensagens, cartinhas, bilhetinhos e até as figurinhas de bom dia me fazem feliz e toda vez que quero me sentir amada, eu vou ler as mensagens do meu pai :)
Falando em ler: esse ano, inclusive, retomei meu hábito de leitura. Mas nada daquelas metas escandalosas de ler 100 livros num ano.
Nada disso.
Tô lendo no meu ritmo, quando quero, com calma, sem aplicar as técnicas de leitura dinâmica. Tô lendo os livros parados na estante, mas também estou aproveitando os que estão disponíveis no prime reading. Como há muito não fazia, estou respeitando meu próprio tempo.
Vivi por anos em estado de pressa, e há alguns meses, consegui perceber a velocidade que eu tava vivendo as coisas e como isso estava me cegando pra tudo ao meu redor. A ansiedade faz coisas terríveis com a gente, mas a pior, é acelerar as coisas.
Há 3 semanas, durante uma meditação, eu parei e prestei atenção nos vórtices que eu sempre entrava. E me foi mostrado que eu entrava nesses vórtices por que eu tava acostumada. Tava tão automático que eu não controlava mais o caminho que minha mente seguia. Aí, nesse dia, falei "mente, bora tentar um novo caminho! não-não, não é um pedido hahaha"
Ah neuroplasticidade, como eu amo você <3
O que achei que eram algumas horas, como reverberação da meditação, se transformou em dias e agora em semanas sem ansiedade.
Semanas que tô conseguindo viver um a dia de cada vez, continuando com meus exercícios físicos diários, agora uma dieta equilibrada e hobbies diários, cada dia um pouquinho: leitura, séries, desenho, música.
e eu tô achando estranho hahahaha
Eu convivo há 6 anos com ansiedade. E há 6 anos tenho tentado negociar com ela. Ela passou de uma ameaça a apenas uma passageira desagradável que está sentada do meu lado enquanto dirijo. Depois dessa meditação, ela saiu do carro para dar uma volta e me mandou seguir viagem.
Se ela vai me encontrar num novo ponto lá na frente, se ela sumiu de vez, se ela vai pular na frente do meu carro e me assustar, realmente eu não sei. Mas ela já é uma velha conhecida e será acolhida se aparecer de novo.
Nesse meio tempo terminei mais uma especialização: a de neurociência aplicada à educação. Essa semana recebi e-mail da outra faculdade dizendo que meu diploma do MBA está disponível pra retirada!
"e qual vai ser a próxima pós, pam?"
nenhuma!
Vou dar uma pausa nos cursos formais, porque combinei comigo mesma que vou dar um tempo nas obrigações. Talvez me dedique à ilustração ou à música por alguns meses. Ou no máximo, cursos profissionais de curtíssima duração. Preciso descansar minha mente. Fiz as contas sem parar e to estudando sem parar desde há 25 anos hauahauhauhua ACHO que já deu né?
Muito que bem, vou ficando por aqui que ta chegando a hora de dormir. Sim, virei a jovem senhora que dorme antes das 23h.
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